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Rain Machine em São Paulo abril 25, 2012

Posted by Jan Balanco in Música.
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Poster por Ana Helena Tokutake & Kyp Malone

Acontece nesta quinta 25/4 no Neu Club e domingo 29/4 na Casa do Mancha os recomendadíssimos shows do Rain Machine em São Paulo. Quem?

A primeira vez que ouvi falar do Rain Machine, se minha memória não estiver falhando como de costume, foi num e-mail que recebi da Insound em 2009 anunciando o lançamento do primeiro – e único até agora – disco, homônimo. A loja me recomendava a compra do disco porque eu havia comprado no passado discos do TV on the Radio, e o Rain Machine é um projeto paralelo de Kyp Malone, guitarrista dessa maravilhosa banda do Brooklyn. Fazendo um resumo bem superficial e prático, podemos dizer que o som do Rain Machine é como uma versão lo-fi e mais experimental do TOTR. Então, se você gosta de TV on the Radio, a chance de se interessar pelo Rain Machine é muito grande.

Se você, assim como eu, não conseguiu assistir os shows que o TV on the Radio fez em São Paulo por não ser popular o suficiente para ter ganho convites para a festa fechada no Cine Jóia, ou não comprou ingressos para o Lollapalooza Brasil devido aos preços abusivos praticados pelos organizadores, não precisa mais se contentar em pensar que o som do Jóia estava ruim, e que no Lollapalooza a apresentação ficou deslocada no palco enorme. Agora dá pra compensar com dois shows do Rain Machine a preços módicos nos lugares mais legais da cidade

Gang of Four grátis hoje em São Paulo maio 29, 2011

Posted by Jan Balanco in Música.
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Aos desavisados de plantão, uma notícia de última hora: Hoje, às 18h30 no Parque Independência, tem show do Gang of Four com entrada gratuita. O show acontece dentro do evento Música no Parque, que é parte da programação do 15º Festival Cultura Inglesa. Entre as atrações britânicas, apresentam-se ainda Miles Kane e Blood Red Shoes. E entre as brasileiras, Mockers tocando Beatles, Cachorro Grande tocando The Who, e algumas bandas de alunos da escola de inglês.

Se você acha que o Gang of Four atualmente deve ser uma trupe de velinhos que vai conseguir dar conta do recado, sugiro que ouça o álbum Return the Gift, em que eles regravaram suas músicas antigas nos dias atuais. Ou apenas assista esse vídeo aqui, de uma apresentação deles neste ano na Austrália (com backing vocals da banda chinesa Re-TROS):

Como se o Gang of Four não fosse motivo suficiente, o festival ainda tem lugar em uma das mais belas áreas verdes de São Paulo, com singulares jardins franceses, o Parque Independência, popularmente conhecido como Parque do Ipiranga. Se você não conhece, o local é mais ou menos assim:

Puro amor no seu coração maio 13, 2011

Posted by Jan Balanco in Música.
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Não, eu não levei a câmera. Não, meu celular não faz boas fotos, desculpem.

Eu nem planejava escrever sobre o show do Teenage Fanclub em São Paulo, mas como eu não consigo parar de pensar em outra coisa desde que voltei pra casa na madrugada de quarta para quinta-feira, decidi que precisava deixar ao menos um pequeno registro.

Foi simplesmente a melhor noite de 2011 até agora, porque:
– Show excelente, com repertório ótimo
– Ingresso “barato”
– Local perfeito, com estrtura incrível e acesso fácil
– Som quase perfeito, nota 9
– Whisky 12 anos, água e chocolate grátis

Ah, se todo show de rock fosse assim!

O show aconteceu dentro da programação do Whisky Festival, um evento realizado por uma importadora de bebidas para divulgar seus produtos. O local escolhido foi o The Week, um clube noturno de alto padrão no bairro da Água Branca, em São Paulo, com programação usualmente voltada para música eletrônica comercial. Não sou um conhecedor desse tipo de ambiente, e pra mim foi de longe a melhor casa noturna que já visitei, perfeita para shows de médio porte. Limpa, organizada, ampla, com boa circulação e estrutura bem nova. De acesso muito fácil, cheguei lá de ônibus e gastei apenas 18 minutos saindo da Av.Paulista. Na entrada cada pessoa ganhava uma ficha com direito a 1 dose de whisky que podia ser escolhida em uma carta com 8 tipos diferentes, de 8 a 12 anos. Além disso havia chocolate e água distribuídos à vontade.  Muito conforto. Agora lembre do último festival ou show internacional que tenha ido: A dificuldade em chegar até o local do show, as centenas de metros que precisou percorrer para usar um banheiro químico imundo e com fila, o aperto pelo excesso de pessoas, a grande quantidade de gente desinteressada conversando e atualizando as redes sociais ao seu lado por não saber o que estão fazendo ali, a produção despreparada, as bebidas com preço abusivos, o inferno para conseguir transporte na saída… Sinceramente, eu não gosto disso, me desculpe mas eu prefiro o conforto de uma “boate de playboy” para assistir a bons shows.

Sim, isso é uma foto de alguém fazendo stage diving.

Confesso que não sou um grande fã ou conhecedor do Teenage Fanclub. Se têm uma dezena de álbuns, conheço apenas três, Bandwagonesque (1991), Thirtheen (1993) e Grand Prix (1995), o suficiente para eu gostar muito da banda. O repertório do show aparentemente circulou por toda a carreira da banda, com maior destaque para o último álbum Shadows (2010). Os músicos têm execução perfeita, cantam muito bem, mas o importante mesmo é que as músicas são maravilhosas, o que provoca uma justa adoração do público, e o que fez a noite ser mágica. Para encerrar, vou citar apenas um fato, que diz muito sobre o quão bom foi a noite: Rolou STAGE DIVING. Juro! Há quantos anos que não presencio isso? Uns 10, talvez? E num show que a faixa etária do público girava em torno dos 30 anos! E não foi uma vez, foram várias vezes. Foi como estar de volta aos anos 90, só que agora estamos mais para tiozinhos do que para teenagers… mas continuamos um apaixonado fã-clube adolescente.

Eu, o LCD Soundsystem, e os últimos shows no Brasil fevereiro 23, 2011

Posted by Jan Balanco in Música.
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I was there.

Comecei a ouvir LCD Soundsystem entre 2002 e 2003, com os singles “Losing My Edge” e “Yeah”. O primeiro álbum demoraria a chegar (2005) e eu ia caçando tudo que fosse possível via Soulseek. Lembro que me tornei fã desde a primeira audição, e que não encontrava ninguém em Salvador para compartilhar do mesmo sentimento. Só em 2004 os ouvi pela primeira vez na pista, em um set do visionário djgo na saudosa Miss Modular. No ano seguinte comecei a Nave na mesma Miss Modular e começamos a propagar as músicas e remixes do LCD Soundsystem e outros artistas da DFA Records em nossas  discotecagens e mixtapes.

Desde então se apresentaram ao vivo no Brasil em três ocasiões, que não priorizei nas minhas várias viagens SSA-SP principalmente por não acreditar no potencial da banda ao vivo. Não sou muito chegado a pesquisar vídeos das bandas que gosto, e na minha imaginação as apresentações do LCD Soundsystem estariam mais para DJ sets que shows. Ledo engano, amigos conferiram o show de 2007 no Via Funchal e voltaram impressionados… Imediatamente coloquei a banda na lista de shows que gostaria de assistir.

Já morando em São Paulo, eis que o grande momento chega, mas estou desempregado e optei por não comprar ingressos e aguardar um novo show no futuro. Em 2010 James Murphy anunciou que o LCD Soundsystem ia acabar, mas como nada aconteceu depois, não acreditei. Com o recente anúncio dos últimos shows da história da banda, a acontecer nos próximos meses nos Estados Unidos, fiquei desesperado: Sem poder arcar com o custo das entradas, me inscrevi em quase 10 promoções, e como milagre consegui ganhar!

O show em São Paulo aconteceu no festival duplo Popload Gig/No Mondays!, na Warehouse, um anexo do clube Pacha, na inóspita vizinhança do CEAGESP. Nos atrasamos bastante para sair de casa e só chegamos ao local faltando 30 minutos para o início do show, que por sorte estava atrasado. Não deu tempo de ver nenhuma outra atração, apenas o LCD Soundsystem. Pra que mais que isso?

O show começou com as duas primeiras faixas do último disco, a ótima “Dance Yrself Clean” e a dispensável “Drunk Girls”. Seguiram-se cerca de 1h40 de show, com repertório bem distribuído entre os três álbuns da banda e os singles pré-2005. Foi inacreditável ver ao vivo “Get Innocuous!”, “All My Friends”, “Tribulations”, “Someone Geat”, “Losing My Edge”, e principalmente “Yeah”, a minha preferida e que considero uma das melhores músicas de toda a década 00. Em alguns momentos não conseguia dançar, apenas admirar a excelência da performance da banda. Sete músicos no palco, bateria, percussão, teclado, sintetizador, guitarra, baixo, microfone, em raros momentos na história a fusão de música de guitarras e música eletrônica foi tão natural a ponto de ser revolucionária. Em um festival ou em um teatro, a apresentação seria igualmente fantástica. Ao fim do show não senti falta de nada, o repertório foi perfeito. Só dias depois comecei a perceber a ausência de “Beat Connection”, “Watch the Tapes”, “Sound of Silver”… mas realmente não chega a ser algo que diminua a grandeza do momento, que entrou no meu top 5 de melhores shows que já vi na vida.

Lamento muito por quem não teve a oportunidade de ver o LCD Soundsystem ao vivo alguma vez. Ou por quem não conhecia no mínimo todas as músicas tocadas no show, ficou batendo papo, atualizando as redes sociais, etc. Ou por quem não acompanhou passo a passo essa revolução durante os anos 2000. Onde estava que deixou tudo isso passar?

brincando de deus e o futuro da nossa música dezembro 19, 2009

Posted by Jan Balanco in Música.
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Foto: Thiago Fernandes

Existem bandas locais, e existe a brincando de deus.

Ótimo que recentemente tanto tenha se discutido quanto ao aumento do profissionalismo das bandas locais, que para ser bem sucedido no mercado é necessário melhor gravação, melhor apresentação, melhor produção, mas pouco ou nada se fala do nosso maior problema: Melhor composição, melhor criação, melhor MÚSICA. Quantas bandas hoje estão realmente fazendo boa música? Que canções dos grupos de nosso cenário atual serão capazes de permanecer, de atravessar décadas e continuar fazendo sentido sem soar datadas ou piegas? Ou que pelo menos consigarão soar bem como registro de uma época? Na cidade onde as críticas são sempre ignoradas ou rejeitadas, temo que a nossa geração 2000 tenha sua imagem lembrada e sua música esquecida.

A brincando de deus ontem em seu show de retorno na Boomerangue, mostrou que está num patamar muito distante da absoluta maioria de nossas bandas em atividade. Cinco anos após o lançamento de sua última gravação, o single No Hay Banda (BigBross Records, 2004), e quatro anos após sua última apresentação ao vivo, o que vimos ontem foi um show perfeito. Quem aguardava um revival para fãs saudosos não encontrou o esperado, pois Messias, César, Thiago e Cury retomaram a linha da história do mesmo lugar de onde haviam parado. Tudo continua exatamente como era, nada envelheceu, nada passou. Músicas com mais de 10 anos de idade que hoje significam tanto quanto na época em que foram escritas. A música está viva. A melhor banda de Salvador continua sendo a melhor banda de Salvador.

Que esse novo acordar não só produza novos shows e novas canções, mas que a brincando de deus possa influenciar mais uma geração a criar o seu próprio tempo.

Amém.

*

Set list
brincando de deus
Boomerangue, 18/12/2009
Salvador, BA, BR

Zero stress
Poplycra
Sexorama
Livro de Rilke
No hay banda
Christmas falls on a Sunday
So strange
Allegro
Sexism
Discofly
Spleen
Daily goodbyes
Orbiting you
The best on you
Mvsica
Tweedledum
My pillow book
‘Till you come
Who I should be

Show Wry setembro 12, 2009

Posted by Jan Balanco in Música.
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Wry - 11/09/2009 - Boomerangue - Salvador-BA-BRFoto: Letícia Marques

Aconteceu ontem na Boomerangue mais um show do Wry em Salvador, após um hiato de 4 anos desde a última apresentação da banda na cidade, na saudosa Miss Modular. Quem assistiu ao show de 2005 dessa que é sem dúvida uma das 10 bandas mais importantes na história do indie rock nacional, na turnê do disco Flames in the Head, e esse de ontem, da turnê do novo She Science, viu duas bandas completamente diferentes no palco.

Ao ouvir o disco novo, além da mudança de idioma, visto que algumas músicas são cantadas em português, quem acompanha a carreira do grupo percebeu também uma grande mudança em seu som, que está menos “canção” e mais “experimental”, por assim dizer. Em outras palavras: menos refrões, músicas menos dançantes, longas passagens instrumentais, e muito, MUITO ruído. Esse novo caminho foi a mim confirmado (não com essas palavras, claro) pelo guitarrista da banda, Luciano, após o show, que foi ótimo – opinião corroborada tanto por pessoas que nunca tinham visto a banda no palco, como por quem já tinha visto. Vi gente sair bestificada – e surda – da Boomerangue.

Ao vivo as músicas novas estão muito melhores que no disco, e olha que o Mário Bross (vocalista e guitarrista) ainda me disse que o show de Salvador não foi completo, que agora eles estão usando dois amplificadores para cada guitarra, e ainda um violão em parte do show. Agora que eles estão de volta ao Brasil, após anos morando em Londres, fica a expectativa de um próximo show da banda aqui em  Salvador não demore tanto a acontecer novamente. Se passar por sua cidade, não perca.

Em tempo:

– No show de Salvador não rolou nenhuma música do Heart Experience (2001), sentimos falta.

– E ainda perderam uma grande oportunidade de tocar o cover que ele gravaram da brincando de deus no disco National Indie Hits, ainda dava pra ter chamado Messias para cantar, seria histórico.

– O Wry vai abrir uma casa noturna em sua cidade natal, Sorocaba (SP), que vai se chamar Asteróide.

– Chokito não está mais na banda, quem assume o baixo agora é W27. Eu não sabia, e apesar do novo baixista ser muito legal, não pude deixar de ficar saudoso pelo Chokito, de quem gostava muito.

– E o grande baterista Renato Bizar voltou a banda, fato que eu também desconhecia. Aliás, passei o show inteiro estranhando como o baterista tocava tão parecido com o Renato, sem notar que era o próprio que estava nas baquetas, haha!

– A noite teve também show da Irmãos da Bailarina, que infelizmente não pude assistir dessa vez, mas que deve ter sido bom como de costume. E a discotecagem ficou por conta de Electra nos intervalos, e neechee que foi particularmente perfeita após o show e manteve gente na casa até depois das 4 da manhã!